Empréstimo Auxílio Brasil: Saiba quais instituições oferecerão o crédito

Com a aprovação da medida provisória do Empréstimo Auxílio Brasil as empresas já pensam em fornecê-lo. Veja a seguir os riscos e taxas desse crédito.

Símbolo do Auxílio Brasil com notas de Cem reais ao fundo.

Em agosto desse ano o governo aprovou uma medida provisória que autoriza os usuários do Auxílio Brasil a utilizarem parte do benefício em empréstimos e financiamentos.

Esta medida está em processo de regulamentação e está prevista a liberação ainda neste mês de setembro.

Entretanto, instituições como a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Agibank, Banco Pan e 13 outras já anunciaram que vão aderir ao crédito.

Símbolo do Auxílio Brasil com comunidade ao fundo, simbolizando a decisão do governo de aumentar o benefício e incluir mais pessoas através da PEC dos Combustíveis.
Símbolo do Auxílio Brasil com comunidade ao fundo.

Porém, por causa do risco embutido e da falta de garantia, a previsão é que as empresas financeiras cobrarão taxas maiores para se resguardarem.

Portanto, veja a seguir como funcionará esse crédito e os prós e contras de contratá-lo.

Como funciona o empréstimo Auxílio Brasil?

Para entendermos como funciona esse crédito, primeiro vamos saber o que é o Auxílio Brasil. O Auxílio Brasil é um programa governamental que substitui o Bolsa Família.

Para receber, é preciso que o cidadão tenha registro no Cadastro Único (CadÚnico) e esteja na linha ou abaixo da linha da pobreza.

Família  brasileira ao lado do símbolo do Auxílio Brasil.
Família brasileira ao lado do símbolo do Auxílio Brasil.

Nesse sentido, têm direito famílias com renda mensal inferior a R$ 105 per capita e famílias que recebem mensalmente entre R$ 105 a R$ 210 por pessoa. A condição é que os membros sejam gestantes ou pessoas menores de 21 anos.

Visto isso, a partir desse valor de R$ 600, o governo liberou os beneficiários a comprometerem 40% (R$ 240) desse benefício para pagamento de parcelas de empréstimos.

Taxas e riscos

Como dito anteriormente, as instituições pretendem por taxas maiores para se resguardarem dos riscos.

Os juros poderão passar dos 60% ao ano, de acordo com cálculos econômicos. Esse percentual está muito além da média do consignado pago pelos aposentados e pensionistas do INSS, que é de 26% ao ano.

Cofrinho se afogando como símbolo do endividamento causado pelo Empréstimo Auxílio Brasil.
Cofrinho se afogando como símbolo do endividamento causado pelo Empréstimo Auxílio Brasil.

Assim, se os beneficiários contratarem esse crédito, a chance de endividamento aumenta de forma exponencial, colocando em perigo a vida financeira dessas pessoas.

Ademais, conforme o diretor monetário João Bragança, como este se trata de um auxílio para quem já está em problemas financeiros graves, não faz sentido permitir que piorem ainda mais.

Por causa desses possíveis percalços, bancos tradicionais como o Itaú, por exemplo, não pretendem aderir ao empréstimo.

Por fim, na teoria, o benefício é uma parte vital do orçamento das famílias cobertas por ele. Dessa forma, o comprometimento de 40% desse valor certamente fará grande diferença.

Conclusão

Relativo ao empréstimo em si, até o momento, sabe-se que 5% do crédito poderá ser usado para pagamento de dívidas no cartão e saques.

Além disso, os beneficiários terão o prazo de 48 meses para quitar o empréstimo. Afim de controlar os juros, a alíquota de quitação será menor, em torno de 4%.

Conclui-se portanto que, por mais que pegar um empréstimo seja uma mão na roda para quando se tem uma necessidade, um objetivo ou até mesmo um sonho, precisa-se avaliar se vale a pena.

Como já mencionado, o Empréstimo Auxílio Brasil pode ser arriscado para a maior parte dos beneficiários.

Isso se dá porque estes já são pessoas carentes que não possuem condições de arcar com débitos altos.

Convém lembrar ainda que o destino desse dinheiro, muitas vezes, é para coisas vitais como alimentação e saúde.

Logo, se um percentual tão alto dele for comprometido com uma dívida, a tendência é a elevação de problemas como fome e, evidentemente, o endividamento familiar.