FGC: saiba quais são os investimentos não cobertos pelo fundo

Muitos investimentos são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), mas você sabe quais não desfrutam dessa garantia? Veja agora!

FGC: saiba quais são os investimentos não cobertos pelo fundo

Sabemos que o FGC (Fundo Garantidor de Crédito), cobre diversos tipos de instituições e produtos financeiros.

Com ele é possível reaver parte do valor perdido em caso de falência ou intervenção da entidade coberta pelo fundo, dentro dos limites previstos em lei.

Gráfico financeiro apontando para cima.
Muitos investimentos são sim assegurados pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), mas você sabe quais não fazem parte dessa cobertura? Veja a seguir 4 exemplos!

O valor máximo de garantia oferecido pelo FGC é de R$ 250.000,00 por CPF ou CNPJ, por instituição financeira.

Ou seja, se uma pessoa física tiver conta em dois bancos diferentes, ela terá direito a receber até R$ 250.000,00 de cada instituição em caso de quebra.

Pessoa analisando gráficos financeiros, com um lápis em mãos.
Será que seu investimento é coberto pelo FGC? Saiba agora se sua aplicação se enquadra na proteção de R$ 250 mil.

Contudo, se os recursos dela estiverem alocados em serviços financeiros não participantes do fundo, provavelmente perderá todo o investimento.

Dito isso, neste post falaremos mais sobre as principais aplicações que são e que não são cobertas pelo Fundo Garantidor de Crédito, quais são ofertadas pelas instituições mais famosas e como elas funcionam.

Investimentos não segurados pelo FGC

Por mais que grande parte das aplicações tenham o resguardo do FGC, existem investimentos que não têm esse amparo, sendo alguns deles:

  • Ações;
  • Debêntures;
  • Fundos multimercado;
  • Fundos imobiliários;

A seguir saiba detalhes de cada uma dessas aplicações e veja opções de bancos, organizações e entidades financeiras (tanto tradicionais quanto digitais) as ofertam.

1. Ações

As ações são um tipo de renda variável, na qual quem compra adquire uma pequena “parte” da empresa que vendeu. Esse tipo de aplicação é negociada na bolsa de valores, conforme a lei de oferta e demanda.

O mercado de ações já é conhecido por seus riscos, os quais os acionistas assumem integralmente, e é justamente por esse motivo que o FGC não cobre esse tipo de investimento.

Homem acompanhando gráfico da bolsa de valores em três computadores diferentes.
As ações são um tipo de investimento que depende exclusivamente do julgamento assertivo do acionista, sendo de total responsabilidade dele caso os resultados sejam positivos ou negativos.

Existem diversos tipos de carteiras e milhões de empresas que ofertam essa operação, contudo, vale salientar algumas brasileiras que têm maior sucesso e atraem mais investidores:

  • Petrobras (PETR4);
  • Vale (VALE3);
  • Itaú Unibanco (ITUB4);
  • Nubank (NUBR33);
  • Inter (INBR32)
  • Ambev (ABEV3);
  • B3 (B3SA3).

2. Debêntures

As debêntures são basicamente “empréstimos” que as empresas pegam de seus investidores. Ou seja, a instituição emite um título de dívida e propõe uma taxa de juros fixa, que incidirá sobre a debênture até que ela vença.

Esse tipo de operação não tem a cobertura do FGC, pelo fato de ser de responsabilidade da empresa expedidora do título o pagamento da dívida.

Ilustração de um boleto, com símbolo de cifrão à frente.
As debêntures são consideradas títulos de renda fixa emitidos por empresas, fato que as impede de participarem da garantia do FGC.

Em outras palavras, se a organização não conseguir arcar com o débito, os credores não têm nenhuma garantia de receber todo o seu investimento de volta.

Por isso é bom avaliar com sabedoria em quais entidades investir em debêntures, prestando sempre atenção ao seu histórico e constância financeira.

Atualmente, algumas das principais instituições que emitem debêntures são o Santander, o Banco do Brasil, o Bradesco, a Eletrobrás e a Embraer.

3. Fundos multimercado

Um diferencial dos fundos multimercado é a liberdade que o gestor tem de alocar os recursos em diferentes ativos.

Renda fixa, variável, commodities e câmbio são possibilidades de escolha de quem opta por aplicar em fundos multimercado.

Pessoa analisando gráficos financeiros.
O Fundo Garantidor de Crédito não cobre fundos multimentrcado, pelo mesmo motivo que não cobrem as ações, haja vista que também são investimentos altamente imprevisíveis e voláteis.

Dessa maneira, o fundo pode se beneficiar de vários cenários, aproveitando-se daquele que estiver mais favorável.

Todavia, por ser uma renda variável altamente volátil, o FGC não fornece seu resguardo, sendo de total responsabilidade dos investidores caso percam seus recursos.

Os fundos multimercados que mais se destacam no mercado brasileiro são:

  • Dynamo;
  • Verde;
  • SPX;
  • JGP Max.

4. Fundos imobiliários (FII)

Esse é um dos investimentos mais famosos do mercado, com ele o gestor pode abrir um fundo voltado a aluguel e compra de imóveis como prédios, galpões, casas, shoppings, etc.

Nesse sentido, os investidores do fundo compram cotas, que dão a eles direitos sobre uma parcela do que o imóvel render dali para frente.

Pessoa segurando figura de uma casa e um cifrão em mãos.
Os fundos imobiliários não são considerados depósitos nem aplicação bancária, sendo excluídos da cobertura do FGC.

Os FIIs mais famosos do mercado nacional atualmente são:

  • Fundo de Investimento Imobiliário do Banco do Brasil (BBPO11);
  • Fundo de Investimento Imobiliário XP Log (XPLG11;
  • CSHG Logística FII – HGLG11.
  • Fundo de Investimento Imobiliário de Shopping Centers (MALL11)

Relativo ao FGC, a entidade só cobre depósitos e aplicações bancárias, o que não abrange os fundos imobiliários.