Juros do consignado do INSS: governo fixa taxa em 1,97%

Após suspensão da modalidade pelos bancos, a nova taxa de juros do empréstimo consignado do INSS foi fixada nesta terça-feira (30). Saiba mais!

Juros do consignado do INSS: governo fixa taxa em 1,97%

A polêmica da suspensão do consignado do INSS começou no dia 20 desse mês de março, quando o governo federal soltou nota de que os juros dessa modalidade iam voltar a subir.

Nesse sentido, nesta terça-feira (28), o Conselho Nacional da Previdência Social fixou a nova taxa, que passou de 1,7% para 1,97%.

Figura de madeira de dois idosos, com pilha de moedas e um guarda-chuva ao fundo.
A taxa de juros do consignado do INSS voltou a subir após a baixa feita pelo governo federal em fevereiro. Saiba mais!

A medida foi publicada em edição do Diário Oficial da União no dia de hoje, quinta-feira (30) após aprovação do presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva.

Antes de tudo isso, o teto de juros estava em 2,14%. A confusão começou após o Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, resolver baixar esse percentual na “canetada”, sem consultar previamente as outras partes envolvidas.

Grupo de idosos numa sala de estar, sorrindo.
Suspensão do consignado do INSS gerou problemas para quem dependia do benefício. Veja como está a situação nesse momento.

Como resultado, os bancos simplesmente retiraram o serviço de circulação, prejudicando milhões de aposentados e pensionistas do INSS que dependiam do benefício.

Em prol da resolução do problema, uma reunião entre os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Carlos Lupi (Previdência) foi realizada.

A discussão teve como foco chegar a um meio termo, o que de fato aconteceu, haja vista que 1,97% é um valor entre 1,7% e 2,14% .

Empréstimo consignado inss

Quando falamos dessa modalidade de empréstimo, os bancos tem como foco principal o baixo risco de inadimplência.

Isso se dá pelo fato de que o consignado do INSS desconta o valor das parcelas direto na aposentadoria ou pensão do beneficiário.

Em outras palavras, não há opção de não-pagamento por escolha própria. Ou seja, a única forma da instituição financeira não receber é em caso de falecimento do indivíduo.

Homem segurando figura de dois idosos nas mãos.
Veja como o consignado funciona e por que a decisão do governo de baixar os juros na “canetada” foi tão impactante para os bancos.

Por esse motivo, os bancos conseguem oferecer a modalidade com juros menores que o normal em empréstimos. Entretanto, por mais que seja assim, existe uma taxa mínima para que o serviço se sustente.

De acordo com os presidentes dos bancos como o Santander, Mercantil, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, a taxa de 1,7% tornava inviável a concessão do consignado, o que obrigou as instituições a suspenderem o benefício.

Espera-se que com o teto atual de 1,97% o serviço volte a funcionar sem maiores problemas.