Como já esperado, o vislumbre de uma possível crise econômica global já está tendo seus efeitos em todos os setores da economia, incluindo o de tecnologia.
Nesta quarta-feira (18), a mundialmente conhecida empresa dona do sistema Windows, a Microsoft, anunciou o desligamento de mais de 10 mil funcionários até o final de 2023.
O CEO afirmou que essas demissões representam entorno de 5% do contingente total de colaboradores e que são necessárias para reduzir os efeitos da inflação na empresa.
Contudo, não é só a Microsoft que está nesse processo, outras multinacionais como a Meta, a Salesforce e a Amazon também planejam cortar pessoas de suas empresas.
Crise da tecnologia
É de conhecimento geral que a crise sanitária que teve seu auge entre 2020 e início de 2022 trouxe muitas mudanças no cenário econômico mundial.
No caso do setor de tecnologia, foi um salto bastante positivo, haja vista que a demanda por computadores e outros aparelhos eletrônicos aumentou bastante.
No primeiro trimestre de 2022, a compra de desktops e notebooks cresceu cerca de 6% em relação ao mesmo período de 2021.
Esse crescimento pode ter explicação na adesão compulsória das empresas pelo home office, devido ás restrições da quarentena.
Todavia, no final de 2022 essa realidade mudou. Na Europa, por exemplo, a venda de computadores caiu 25%
Demissões em massa
O conhecido criador da rede social Facebook e atual dono da Meta, Mark Zuckerberg, se lamentou sobre o erro de leitura do cenário econômico que se pintava no início da pandemia da Covid-19.
O empresário assistiu o grande boom na venda de computadores e produtos tecnológicos de sua organização e contratou milhares de pessoas.
Entretanto, assim que o período de isolamento cessou, a demanda assustadora que tinha se pintado se desfez da mesma maneira que começou.
Em consequência disso, 11 mil colaboradores serão desligados da Meta, maior corte da história da empresa.
Com a Amazon e a Salesforce não foi diferente, da mesma forma que Zuckerberg, os diretores das duas empresas também viram ouro na pandemia.
Entretanto, assim como a Microsoft e a Meta, essas duas foram afetadas pela quarentena e agora se veem em uma posição complicada.
Nesse sentido, de acordo com o presidente da Amazon, Andy Jassy, a companhia pretende dispensar cerca de 18 mil funcionários.
Em resposta ás perguntas sobre o estado interno da companhia, disse: “A Amazon resistiu às incertezas e às dificuldades econômicas no passado, e assim continuará”.