A Estônia é um país europeu de aproximadamente 1,3 milhões de habitantes, com um território de 45.228 km².
Apesar de pequena, a Estônia dispõe de diversas características de um país desenvolvido, como um bom transporte público, excelente sistema de saúde e educação pública de alta qualidade.
Além de tudo isso, é um dos lugares da Europa que mais facilita a entrada de estrangeiros, permitindo também que estes empreendam em seu território.
Também conhecida como um “berço de inovação”, a Estônia está entre os países mais tecnológicos do mundo e atualmente a maioria dos seus serviços governamentais são totalmente online.
Um desses serviços é o e-Residency, que consiste num programa que permite que pessoas de outras nacionalidades tenham acesso a serviços da Estônia.
Dentre estes estão a constituição de empresas, serviços bancários, processamento de pagamentos e tributação.
Em outras palavras, o e-Residency é uma identificação emitida pelo governo estoniano, que permite o acesso de indivíduos de outros países aos sistemas eletrônicos do Estado.
Dito isso, a seguir te contaremos um pouco mais sobre os empreendimentos estrangeiros da Estônia, quem pode participar do programa e muito mais!
A Estônia e os “unicórnios”
As empresas “unicórnio” são Startups que alcançam o valor de 1 bilhão de dólares. A Bytedance (dona do TikTok), a SpaceX e a Epic Games são exemplos desse tipo de iniciativa.
Na Europa, a Estônia é o país que mais possui dessas empresas, tendo 9 delas. O Skype – famoso aplicativo de reuniões online – foi a primeira.
O aplicativo teve sua fundação em 2003 por Niklas Zennstrom e Janus Friis (sueco e dinamarquês, respectivamente) e se tornou um unicórnio em 2005.
Outra empresa notória é a Playtech.com, que alcançou seu primeiro bilhão também em 2005, 6 anos após sua criação pelo israelense Teddy Sagi.
Assim, esses dados mostram que a abertura de mercado interno que a Estônia promove para estrangeiros tem gerado frutos, uma vez que trouxe negócios de muito sucesso para o país.
Ademais, por ser uma nação pequena, as startups que são criadas lá já surgem com o objetivo de se abrirem para o mercado internacional, o que aumenta as chances delas se tornarem unicórnios.
Paraíso dos programadores
A Estônia está entre os lugares que mais dá oportunidades de trabalho para pessoas que são do universo da tecnologia.
Como em grande parte do mundo, na Estônia o mercado de T.I também é bastante aquecido, fato que explica a grande demanda por pessoas desse segmento.
Pela falta de mão de obra especializada nessa área, grande parte das vagas é direcionada a desenvolvedores. E quando falamos dos profissionais brasileiros a coisa melhora ainda mais.
Isso por que uma startup de lá começou a contratar brasileiros e os estonianos gostaram bastante da forma como nosso povo trabalha. Estes afirmam que somos competentes, criativos, desenrolados e proativos.
Nesse sentido, indo para o lado pessoal, os altos salários, a qualidade de vida e as oportunidades de desenvolvimento de carreira são as vantagens que mais levam os programadores do Brasil a trabalharem na Estônia.
Além disso, o país europeu também facilita muito o processo de migração para pessoas qualificadas.
Como se inscrever no e-residency?
Obviamente, para conseguir um emprego na Estônia você precisa se encaixar no perfil que as empresas estão buscando.
Dessa forma, conforme a Forbes, as melhores vagas ficam com quem tem fluência em inglês e possui mais de 5 anos de experiência. Logo, se você corresponde a essas condições, o e-Residency é um ótimo investimento.
Ainda segundo a revista, para se inscrever no e-Residency é necessário ter o passaporte em mãos, entrar no site do programa, fazer o cadastro e pagar uma taxa de € 190 (R$ 1,07 mil).
Assim, o governo estoniano avaliará a documentação e, em caso de aprovação, um cartão de identidade entra em processo de emissão e será entregue num prazo de cinco a oito semanas.
Após a chegada dessa identificação, caso você queira abrir uma startup, é preciso que um CNPJ estoniano seja aberto.
Para isso, é necessário o preenchimento de outro formulário e o pagamento de uma taxa de € 265 (R$ 1,5 mil).