Saiba como montar um fluxo simples de projeção de caixa.

Existem basicamente dois tipos fluxos de caixa sendo que cada um atende à necessidades específicas.

Eles podem e devem ser aplicados em qualquer negócio ou empresa, já que se tratam de uma ferramenta que impede a falência por má gestão de caixa.

Pode-se definir os fluxos de caixa por dois tipos:

• Fluxo de Caixa para projetos;
• Fluxo de Caixa para gestão de contas a pagar;

Neste artigo falaremos sobre o Fluxo de Caixa para projetos que, basicamente, é utilizado para projeções do saldo de caixa em um determinado período de tempo.

Geralmente, essa projeção ajuda para avaliar novos negócios trazendo informações sobre quanto é necessário investir e qual o retorno do investimento.

Para isso, trabalharemos sobre como montar um fluxo de caixa simples, visto a grande importância que esta ferramenta representa para melhores resultados financeiros.

Confira também essa importância nesse outro artigo sobre fluxo de caixa.

Pode ser que você pense que sua empresa ou o seu negócio são pequenos e não necessitam do fluxo de caixa, por isso é importante saber que se trata de um instrumento básico que pode e deve ser implementado em empresas de qualquer porte. Com o conhecimento de como aplicar esta ferramenta básica, haverá um equilíbrio geral em seus recursos financeiros.

Requisitos para montagem de um fluxo de caixa

Existem alguns requisitos que devem ser considerados para montagem do fluxo de caixa. Estes devem estar vinculados ao fluxo em sua implementação. São eles:

• Acordo entre os superiores da empresa ou do negócio para que se implemente o fluxo de caixa.
• Estabelecer um comprometimento de todos os integrantes em torno do fluxo de caixa para que esteja claro o resultado a ser alcançado.
• Relacionar os sistemas que vão gerar os dados para que se faça o fluxo, de modo que nenhuma informação fique de fora.
• Definir de forma assertiva e clara as responsabilidades que cada colaborador e cada setor terão no processo do fluxo de caixa.
• Assim como estar bem definidas as responsabilidades, é importante que os integrantes estejam bem treinados a respeito desta implementação.
• Realizar uma boa integração dos setores, departamentos, integrantes, de forma que todos estejam alinhados ao funcionamento do fluxo.

Como montar um fluxo de caixa simples e eficiente

Para começar um fluxo de caixa do zero, o primeiro passo é verificar todo o seu saldo inicial.

Esta primeira ação é essencial para que se tenha elencadas todas as disponibilidades financeiras do seu negócio ou da sua empresa.

Em um fluxo de caixa simples, esse primeiro passo de plano de contas não precisa utilizar uma linguagem complexa com termos e fluxo voltados para a visão de especialistas.

Quando você utiliza um modelo mais simples de fluxo de caixa, evita-se restrições, além de facilitar a compreensão e integração do fluxo para os integrantes e setores da empresa.

A partir do momento que você tem verificado todo o seu saldo inicial, é necessário definir, de acordo com suas demandas, uma classificação para suas entradas e saídas de caixa.

O ideal é que se tenha os objetivos do seu fluxo de caixa bem definidos para classificar seus créditos e débitos, de modo a fazer uma análise mais efetiva que contribua com seu processo decisório e para o controle financeiro geral.

Em um fluxo de caixa simples, você pode inserir uma entrada ou saída de maneira mais ampla, como “energia”, por exemplo.

Desta forma, o gasto total com energia fica registrado para que posteriormente, em suas análises, você possa buscar mais especificidade e detalhamento nos seus gastos de energia, tomando decisões para diminuir o valor dessa saída, por exemplo.

Você deve definir, de acordo com as suas necessidades, qual será o período analisado.

Geralmente pequenos negócios podem estabelecer um período mensal para análise, ao passo que grandes empresas optam muitas vezes por uma análise trimestral.

Não pode deixar de ser destacado que os dados devem ser tratados com seriedade a partir de uma completa análise e controle.

É importante haver uma boa conciliação deste período definido com o registro correto dos dados, de forma que todos eles sejam registrados e analisados.

Esquecer de computar informações e dados pode comprometer negativamente o alcance dos objetivos e a análise dos resultados da sua empresa.

Diante disso, mesmo em um fluxo de caixa simples, o controle do seu processo deve ser completo, permitindo que dados sejam corretamente analisados, atualizados e/ou corrigidos.

Segue abaixo um exemplo de planilha de fluxo de caixa que traz uma ideia de como você pode montar o seu próprio fluxo.

Lembre-se que o ideal é considerar as particularidades do seu negócio ou da sua empresa para que o seu fluxo seja totalmente adaptado para atender as suas demandas.

Note que as primeiras contas se tratam das entradas, ou seja, todos os recebimentos que a empresa prevê.

Posteriormente, podemos ver as saídas onde registramos todas as obrigações/débitos da empresa no período desejado.

Quando abatemos o valor dos débitos em nossos ganhos, temos um resultado operacional, ou seja, é o valor que você vai utilizar para manter o funcionamento de atividades que a empresa realiza.

Cabe a você definir como pode aproveitar o seu capital operacional da melhor forma, de um jeito que sua aplicação não seja simplesmente em gastos, mas também visando retorno.

Um exemplo disso é usar parte deste recurso financeiro em investimentos, assim como demonstrado na tabela.

Por último, fica a seu critério se o negócio ou empresa em que você atua necessita de aplicações ou empréstimos, lembrando de ter muito cuidado ao optar por estas decisões.