Em dezembro de 2019, a cidade chinesa de Wuhan, província de Hubei, protagonizou o início da pandemia do coronavírus, a qual durou até o meados de 2022.
Como já é de conhecimento geral, o mundo todo foi afetado com a crise sanitária em diversos setores, sendo o econômico um dos que sofreu maior impacto.
Isso por que a maioria dos países seguiu uma rigorosa quarentena, na qual comércios foram fechados, eventos cancelados e tudo que dependia da circulação de pessoas foi proibido.
Dessa forma, muitas empresas faliram, ações na bolsa de valores caíram e o cenário financeiro mundial se complicou dia após dia.
Não sendo suficiente, no dia 24 de fevereiro do ano passado, a Rússia invadiu a Ucrânia e o panorama que já não era dos melhores, piorou.
Conforme o site Uol, a guerra influencia negativamente no preço dos alimentos e do petróleo ao aumentar a inflação ao redor do planeta.
Contudo, ao menos em relação ao Covid-19, a situação já se encontra sob controle, apresenta grandes melhoras e traz um ar de esperança para a economia global.
Nesse sentido, traremos nesse post notícias sobre o fim da política do “Covid zero” na China, instaurada por Xijinping em novembro de 2022.
Política Covid zero, o que é?
“Covid zero” é uma política chinesa que visava o combate ao surto mais recente de Covid-19 que assolou o país asiático, por meio de medidas restritivas e isolamento social.
Desde que a doença se espalhou na China no final de 2019, o governo se concentrou em manter uma dinâmica de contenção ao avanço dos casos, com o objetivo de chegar o mais próximo possível de zero.
Todavia, em novembro do ano passado, um novo pico de mortes pela infecção surgiu, levando 320 pessoas a óbito.
Dessa forma, o dirigente do país, Xijinping, decretou o início da política “Covid zero”, a qual era composta pelas seguintes normas:
- Regras rígidas medidas de isolamento pelas autoridades, mesmo que existissem poucos casos da doença;
- A realização massiva de testes nos locais onde houvessem casos;
- A quarentena de pessoas com Covid em casa ou em instalações governamentais;
- O fechamento de organizações e escolas nas áreas de confinamento. Nestes casos, o fechamento dos comércios também era necessário, exceto os que vendiam alimentos;
- Os lockdowns duram até que não haja nenhuma nova infecção.
Assim, o país entrou numa grande e rígida quarentena, que trouxe danos incalculáveis em várias áreas.
Como essa reabertura influencia na economia global?
Sabe se que a China é uma das maiores economias do mundo, juntamente com os Estados Unidos e o Japão.
Conforme dados do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), essas três nações ocupam o pódio estando os EUA em primeiro lugar, os chineses em segundo e os japoneses em terceiro.
Os Produtos Internos Brutos (PIBs) desses países em 2022 eram de, respectivamente, US$ 18,6 trilhões, US$ 11,2 trilhões e US$ 4,9 trilhões.
Dessa forma, essas grandes economias influenciam em todo o globo, tanto para o bem quanto para o mal, conforme elas crescem ou entram em algum tipo de recessão.
Relativo a China, com a política de “Covid zero“, o país aplicou rígidas medidas de restrição, ação que desaqueceu o mercado chinês, disparou o desemprego e jogou a estimativa de crescimento econômico de 9% ao ano para 3%.
Além disso, conforme a BBC News, os lockdowns causaram grandes interrupções nas cadeias de suprimentos de produtos não só na China, mas em todo o mundo.
Ou ainda, de acordo com o mesmo site, “qualquer enfraquecimento da segunda maior economia do mundo tem ramificações globais”.
Assim, com o fim dessa política, o crescimento econômico chinês pode voltar aos poucos aos trilhos e trazer em seu encalço diversos outros países.
Um dos principais impulsionadores disso é o tamanho da população da China, que conta com impressionantes 1.412 bilhões de pessoas.
Nesse sentido, para abastecer e alimentar essa quantidade de gente, o país precisa de grandes quantidades de insumos importados de outros lugares.
O Fim da política Covid zero e a economia brasileira
O Brasil é um desses exportadores, que os fornece principalmente soja, minério de ferro, açúcar, derivados de petróleo e carnes.
Em vista disso, as empresas brasileiras já estão se preparando para a reabertura da China, sendo que o país é um dos nossos principais parceiros comerciais.
Estima-se até que essa relação quase supere as transações existentes entre o Brasil e os Estados Unidos.
Nesse sentido, uma melhora na economia chinesa pode ser bastante benéfica para a exportação de matérias primas brasileiras.
Em contra partida, segundo o Jovem Pan News, uma volta voraz da China ao mercado, comprando bens, suprimentos e produtos pode ter consequências.
Entre elas está a elevação dos preços das commodities, tais como o petróleo, o minério de ferro e a soja, pressionando assim a inflação e também a taxa básica de juros, que já está em 13,75%.