Crescimento do PIB e as perspectivas para 2023

Conforme os economistas, o Produto Interno Bruto (PIB) terá um crescimento tímido em 2023. Saiba mais sobre como isso influencia na economia brasileira!

Crescimento do PIB e as perspectivas para 2023

Apesar da queda de 0,2% no Produto Interno Bruto do último semestre de 2022, o PIB total do ano fechou num crescimento de 2,9%.

Em comparação a 2021, ano em que o PIB cresceu 4,6%, o indicador caiu 1,7 pontos percentuais.

Isso por que o aumento do PIB no período mencionado se deu pelo recuo da quarentena da Covid-19, que possibilitou um “respiro” para a economia do Brasil e do mundo.

Bandeira do Brasil num mastro, ao lado de uma instalação governamental.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu num ritmo mais lento que se comparado ao dos últimos anos. Veja a seguir qual o impacto disso na economia do país.

Já o superávit mais tímido do indicador em 2022 foi muito ligado ás manobras fiscais do final do ano, que foram focadas na reeleição do antigo governo.

Assim, pode-se afirmar que os PIB’s tanto de 2021 quanto de 2022 tiveram crescimentos “artificiais”. Haja vista que uma das elevações foram graças a recuperação pós pandemia e a outra pela avalanche de produtos financeiros da “PEC-Kamikaze”.

Mas afinal, como funciona o Produto Interno Bruto de um país e como ele influencia na economia? Quais são as expectativas do PIB brasileiro para 2023? Veja agora!

Produto Interno Bruto (PIB)

O Produto Interno Bruto (PIB) é um indicador econômico muito importante, que soma todos os bens e serviços finais produzidos num país durante um ano, afim de medir a produção de riqueza daquela nação.

Nesse sentido, para calcular o PIB, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) usa a seguinte fórmula: PIB = C + I + G + NX.

Operário controlando máquinas.
O cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) é feito a partir de uma fórmula utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Saiba mais!

Cada uma dessas letras representa uma variável econômica, sendo C o consumo, I os investimentos, G os gastos do governo e, por fim, o NX as exportações líquidas.

É correto afirmar que a elevação sozinha de qualquer um desses teoricamente elevaria o PIB, entretanto, existem algumas ressalvas.

Pegando o consumo (C) como primeiro exemplo, caso o aumento deste seja muito súbito e muito elevado, a tendência é que os preços acompanhem esse crescimento.

Supermercado cheiro de produtos, com mulher empurrando um carrinho ao fundo do corredor.
Veja como cada um dos elementos da fórmula do PIB – Consumo, Investimentos, Exportações e Gastos do governo – influenciam na economia brasileira!

Como consequência disso, a taxa de inflação sobe e causa problemas como redução da oferta de empregos, elevação dos níveis de pobreza e crescimento das taxas de juros.

Já quando falamos sobre os gastos do governo (G), o Estado arrecada por meio de impostos seus recursos, afim de, na teoria, direcioná-los a setores como infraestrutura, educação, saúde e segurança.

Todavia, o governo acaba sempre gastando mais que arrecada. Para financiar essas contas a mais, o Estado emite títulos e passa a depender de investidores que comprem esses produtos financeiros.

Contêineres empilhados, num porto.
Assim como os outros elementos da fórmula do Produto Interno Bruto (PIB) – PIB = C + I + G + NX – as Exportações (NX) alteram todo o resultado final. Confira como!

Assim, o governo se endivida mais e mais para manter além da máquina pública, outros gastos por fora.

Em outras palavras, o Estado tem a uma necessidade cada vez maior de retirar dinheiro da sociedade para bancar sua estrutura e financiar todas as suas atividades, legítimas e, infelizmente, ilegítimas.

Dessa forma, o mesmo acontece com os demais indicadores da fórmula, ao passo que sozinhos não conseguem aumentar o PIB de forma saudável e duradoura.

Conselho Monetário Nacional e o PIB

O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão responsável por expedir normas e diretrizes gerais para o bom funcionamento do Sistema Financeiro Nacional.

O CMN é composto pelo Ministério da Economia, Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento e pelo Banco Central.

Esses três pilares juntos decidem sobre diversos assuntos financeiros do Brasil, os quais interferem diretamente na economia do país, inclusive no PIB.

Para alcançar um crescimento sustentável do PIB, o CMN impõe uma meta de inflação para o Banco Central.

Gráficos econômicos de diversos tipos, com moedas empilhadas ao redor.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é composto pelo Ministério da Economia, Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento e pelo Banco Central. Veja quais são as funções desse órgão.

Nesse sentido, para cumprir a ordem, o BC coloca em prática algumas políticas monetárias afim de manter a taxa de inflação dentro do estipulado.

Dentre elas, existem políticas que servem para controlar a quantidade de dinheiro em circulação na nossa economia, ao incentivar o consumo e os investimentos, aumentando como consequência a arrecadação do Estado.

Por outro lado, essas políticas monetárias também podem desestimular o consumo e os investimentos, reduzindo arrecadação do Estado e a inflação por tabela.

Previsão para inflação e pib 2023

Com relação a inflação, para 2023, os especialistas em mercado apostaram num percentual de 5,93%, menor que a previsão anterior, 5,95%.

Se realmente estiverem certos, esse será o terceiro ano consecutivo de ultrapasse da meta de inflação. Visto que o Índice de Preços no Consumidor (IPCA) ficará acima do teto imposto pelo Banco Central.

Gráfico econômico, com moedas brasileiras acima de cada uma das barras.
A inflação é uma preocupação grande para o Estado e também para todos os outros participantes de uma economia, ao passo que esta norteia os preços.

Vale salientar que a inflação é uma importante métrica para o financeiro de um país, ao passo que determina pra onde vão os preços de uma economia.

Dessa forma, quanto maior a inflação, maiores são esses preços e menor é o valor da moeda daquela nação.

Em outros termos, se o dinheiro vale menos, o poder de compra dos cidadãos também cai, principalmente daqueles recebem salários mais baixos.

Homem inflando um balão que possui um símbolo de dinheiro como estampa.
A previsão de inflação para esse ano de 2023 foi de um percentual de 5,93%, acima da meta de 3,25%  imposta pelo Banco Central.

Para 2023, a meta central de inflação foi de 3,25% de acordo com Conselho Monetário Nacional (CMN) e terá uma margem de 1,5% para ser considerada cumprida.

Por fim, quando falamos sobre o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, os economistas sugeriram um crescimento de 0,9%.